17 anos se passaram após a aquisição do Porta-Aviões “São Paulo” pela Marinha do Brasil. Hoje, a força emitiu um comunicado informando que o programa de modernização do navio será descontinuado.


Após anos de tentativas de reparação e o lançamento de um programa de modernização, a Marinha do Brasil decidiu descontinuar o processo de recuperação do Porta-Aviões “São Paulo. A decisão foi tomada após realizar estudos de exequibilidade, que indicou um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos.

Sobre o programa estavam previstos os seguintes pontos:

  • modernização do sistema ótico de pouso;
  • modernização dos sistemas de controle de avarias do convoo e do hangar;
  • instalação de novos sistemas de defesa de ponto;
  • substituição dos radares de busca combinada e de aproximação, integrando-os ao SICONTA Mk. IV;
  • instalação de novo sistema integrado de comunicações;
  • Entre outros.

Confira abaixo o comunicado emitido hoje (14) pela Marinha.

Desmobilização do NAe “São Paulo”

Após diversas tentativas de recuperar a capacidade operativa do NAe “São Paulo”, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização exigiria alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão e decidiu pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos.

Um programa de obtenção de um novo conjunto Navio-Aeródromo x aeronaves, ocupará a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o PROSUB/Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré. O custo de aquisição desse novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe “São Paulo” e de obtenção de novas aeronaves compatíveis com o NAe, já que as aeronaves AF-1 deverão estar no final de sua vida quando o “São Paulo” terminasse sua modernização.

O “São Paulo” foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo Navio-Aeródromo Ligeiro “Minas Gerais”, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A-4 Skyhawk.

Apesar de já contar com 37 anos de serviço ativo no momento da aquisição, o Navio cumpriu bem sua missão nos primeiros anos em atividade pela Esquadra brasileira, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas.

Lamentavelmente, os estudos de exequibilidade do referido Programa indicam um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos.

Até que a Marinha receba um novo Navio-Aeródromo, a capacidade de conduzir operações de guerra naval com emprego de aviação de asa fixa, obtida às custas de grandes investimentos e intensos treinamentos dos nossos pilotos no país e no exterior, será mantida a partir da Base Aérea Naval e de outras instalações de terra, e também por meio de treinamentos com marinhas amigas.

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
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