Espionagem digital com malware contra empresas de tecnologia e serviços estratégicos é revelada

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A ameaça foi atribuída ao uso do malware BRICKSTORM, um backdoor altamente furtivo projetado para operar em ambientes com baixa visibilidade de segurança. Imagem: Reprodução

O Google Threat Intelligence Group (GTIG), em parceria com a Mandiant, revelou uma sofisticada campanha de espionagem digital em empresas localizadas nos Estados Unidos.


A espionagem digital em empresas mostrou-se capaz de operar de forma silenciosa durante longos períodos, sem levantar suspeitas. Os alvos principais foram companhias de tecnologia, provedores de software em nuvem e escritórios jurídicos. Essa descoberta chamou a atenção por demonstrar a complexidade e a persistência de ameaças cibernéticas modernas. 

Como o malware BRICKSTORM atua

O responsável por essa campanha foi o malware BRICKSTORM, considerado um backdoor altamente furtivo. Ele é projetado para atuar em ambientes com baixa visibilidade de segurança, como appliances de rede e servidores sem soluções tradicionais de detecção em endpoints.

Diferente de outras ameaças, o BRICKSTORM consegue alterar scripts de inicialização e manter comunicação criptografada com seus operadores. Assim, ele se mantém ativo por meses ou até anos sem ser notado. Segundo os especialistas, em média, o malware ficou em redes comprometidas por 393 dias antes de ser detectado.

Impactos da espionagem digital em empresas

O objetivo principal da campanha não era interromper os sistemas, mas sim extrair informações valiosas de maneira discreta. Isso incluía dados estratégicos e sensíveis que poderiam ser explorados no longo prazo.

A espionagem digital em empresas é um grande risco porque ameaça diretamente cadeias de suprimento e infraestrutura crítica. Além disso, mesmo organizações com recursos avançados de segurança não estão totalmente imunes.

A infecção normalmente começava com o roubo de credenciais. Em seguida, os atacantes realizavam movimentação lateral até alcançar dispositivos com pouca proteção. Isso permitia acesso contínuo a áreas estratégicas da rede.

Ações do Google e da Mandiant

Com o intuito de apoiar empresas afetadas e prevenir novas invasões, o Google e a Mandiant disponibilizaram ferramentas específicas. Foram lançadas regras YARA para ambientes Unix e um scanner dedicado à detecção do BRICKSTORM.

Essas medidas ajudam companhias a identificar indícios da presença do malware e reforçam a importância da cooperação internacional em cibersegurança. Esse tipo de suporte é fundamental para que a espionagem digital em empresas não se torne ainda mais disseminada.

Empresas mais afetadas

O relatório destacou que provedores de SaaS, escritórios de advocacia e empresas de processamento de dados foram as principais vítimas. Essas organizações lidam frequentemente com informações de clientes, contratos sigilosos e projetos estratégicos.

Quando essas informações são comprometidas, os danos podem se estender a parceiros, fornecedores e clientes. Assim, a espionagem digital em empresas se torna uma ameaça global, e não apenas restrita a um único setor.

Como reduzir riscos de espionagem digital

A prevenção é sempre a forma mais eficaz de evitar prejuízos. Algumas práticas recomendadas incluem:

  • Monitoramento contínuo de servidores e redes.
  • Uso de autenticação multifator para proteger credenciais.
  • Auditorias regulares de sistemas e acessos.
  • Adoção de ferramentas avançadas de detecção para Unix e outros ambientes.
  • Treinamentos para equipes técnicas e usuários finais.

Ao aplicar essas medidas, as organizações conseguem reduzir a exposição a ataques persistentes. Mais do que tecnologia, a estratégia depende também de conscientização e processos internos bem estruturados.


Perguntas frequentes

O que é espionagem digital em empresas?

É a prática de ataques cibernéticos focados em extrair dados estratégicos e sensíveis de organizações, sem interromper sistemas.

Como o malware BRICKSTORM conseguiu permanecer oculto?

Ele utiliza comunicação criptografada, altera scripts de inicialização e explora falhas em equipamentos pouco monitorados.

Quais tipos de empresas foram alvos da campanha?

Foram atacadas empresas de tecnologia, provedores de software em nuvem, consultorias jurídicas e companhias de processamento de dados.

Como empresas podem se proteger desses ataques?

Adoção de monitoramento avançado, políticas rígidas de autenticação, auditorias constantes e treinamentos de segurança ajudam a reduzir riscos.

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