Cibersegurança empresarial exige testes em fornecedores terceirizados

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Os atacantes não buscam invadir diretamente empresas com segurança robusta. Imagem: Reprodução

Investimentos em soluções de segurança digital crescem a cada ano.


E muitos gestores ainda negligenciam um ponto crítico: os fornecedores de software. Sem testes adequados, esses parceiros podem representar falhas que colocam a cibersegurança empresarial em risco.

A nova porta de entrada dos ciberataques

Atualmente, invasores não direcionam seus ataques diretamente às empresas com defesas robustas. Em vez disso, procuram brechas em sistemas de terceiros. Softwares mal configurados ou com código vulnerável são a rota mais fácil para o crime cibernético.

Essa estratégia é especialmente perigosa quando os fornecedores têm acesso privilegiado à infraestrutura interna. Mesmo empresas com políticas rígidas de proteção podem ter seus sistemas violados por confiar cegamente em prestadores de serviço que não seguem padrões técnicos adequados.

Casos reais mostram os riscos da terceirização

O caso da SolarWinds, que comprometeu milhares de organizações ao redor do mundo, é um exemplo emblemático de como um único fornecedor vulnerável pode impactar negativamente todo o ecossistema digital. O mesmo ocorreu com a Kaseya, que permitiu um ataque em larga escala afetando inúmeras empresas.

Esses episódios reforçam que a cibersegurança empresarial em risco não é apenas uma possibilidade remota — é uma realidade frequente. Mesmo sem grandes manchetes, ataques à supply chain ocorrem diariamente em companhias que não validam tecnicamente os sistemas terceirizados.

Testes ofensivos são essenciais na prevenção

Confiar em certificados de conformidade ou cláusulas contratuais já não é suficiente. Para garantir proteção real, é necessário simular ataques reais por meio de testes ofensivos e pentests. Essa prática permite identificar e corrigir falhas antes que sejam exploradas.

As conexões entre empresas e seus fornecedores devem ser tratadas como parte da superfície de ataque. Ignorar isso é deixar a porta aberta para cibercriminosos que visam explorar as fragilidades ocultas.

Auditorias técnicas e validações constantes

Uma abordagem proativa exige que as empresas exijam auditorias técnicas frequentes de seus fornecedores. O ideal é que os pentests sejam realizados pelo menos duas vezes por ano. Atualizações importantes nos sistemas também devem ser seguidas de novas validações de segurança.

Além disso, os resultados desses testes devem ser apresentados de forma transparente. Isso não apenas fortalece a confiança entre as partes, mas também protege toda a cadeia de suprimentos contra falhas que poderiam comprometer dados e operações.

A cibersegurança começa na escolha dos parceiros

Colocar a cibersegurança empresarial em risco por confiar em fornecedores despreparados pode ser um erro caro. Por isso, selecionar parceiros com histórico comprovado de boas práticas em segurança da informação é uma etapa essencial.

Implementar critérios técnicos para onboarding de fornecedores e manter um calendário de testes contínuos são medidas que reduzem consideravelmente os riscos de incidentes.


Perguntas frequentes

Por que fornecedores representam risco à cibersegurança empresarial?

Fornecedores têm acesso a sistemas internos e, se estiverem mal protegidos, podem ser usados como porta de entrada por cibercriminosos.

O que são testes ofensivos e por que são importantes?

Testes ofensivos simulam ataques reais para identificar falhas antes que sejam exploradas, aumentando a segurança da infraestrutura digital.

Com que frequência os fornecedores devem ser auditados?

O ideal é realizar auditorias técnicas e pentests pelo menos duas vezes ao ano e após qualquer atualização relevante nos sistemas.

Somente grandes empresas estão em risco de ataques via fornecedores?

Não. Pequenas e médias empresas também podem ser alvos, especialmente se seus fornecedores estiverem vulneráveis.

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