Como vamos estudar no futuro

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Em 2010, Bill Gates disse: “Daqui a cinco anos, você poderá encontrar as melhores aulas do mundo de graça, na internet. Será melhor do que qualquer universidade.”


Estamos no futuro? Gates é um bom profeta – basta lembrar que em 2015 ele previu uma pandemia. Mas, no caso da educação, ele não foi tão certeiro. Milhares de vídeos realmente caíram na rede, mas as startups mais promissoras estão fazendo mais do que reproduzir online as aulas tradicionais com um professor falando.

Os muros da escola estão caindo. Estudar deixou de ser uma fase da vida para se tornar um exercício permanente, integrado às vontades e necessidades do aluno. Cada jornada é única. O ensino está dividido em pequenos módulos que, combinados, podem compor uma graduação. O diploma se torna um documento dinâmico – a ponto de o MIT transformar o seu em um token de blockchain, sujeito a acréscimos e a checagem de autenticidade. Na escola Minerva, o diploma não se limita a registrar notas de provas – é um histórico das suas interações em aula. O Github registra também os projetos realizados – mais que um certificado acadêmico, você constrói uma reputação.

A evolução do aprendizado é personalizada. Com a Beenova, a inteligência artificial varia o cardápio de perguntas, conforme o acerto das respostas. No College Unbound, especializado em estudantes “que não se encaixam tão bem no padrão”, o algoritmo humaniza: o sistema encontra o melhor mentor para cada aprendiz.

Na escola do futuro, aulas nem ao menos parecem aulas. A Outschool usa o Minecraft. Na Qranio, você pode jogar sozinho, em equipe ou contra um adversário. A Ekatra manda microlições por SMS (o que pode representar um plot twist para alunos que não largam o celular…). Na Universidade Stanford, estudantes mergulham em outro universo – o metaverso. “A escola não precisa ser tão amarrada a um lugar físico”, disse Bill Gates, na parte mais certeira de seu discurso em 2010. “Exceto pelas festas.”

 

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