Quer trabalhar com tecnologia? Veja a média salarial e habilidades pedidas

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Desde o início da pandemia, uma das maiores preocupações da população é em relação ao desemprego.


 

Entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, por exemplo, o país bateu um recorde histórico e contava com 14,4 milhões de pessoas em busca de emprego, segundo IBGE.

Seguindo na direção contrária, o mercado de tecnologia cresce cada vez mais todos os anos. De acordo com uma pesquisa realizada pela GeekHunter, empresa de recrutamento, o número de vagas ofertadas em 2020 na área de tecnologia no Brasil cresceu 310%, em comparação ao ano anterior.

Investimento

Se o setor de tecnologia já vinha crescendo ao longo da pandemia, a expectativa é expandir ainda mais nos próximos anos. Dados divulgados pela IDC (International Data Corporation) mostram que 42% das empresas brasileiras pretendem aumentar o orçamento na área de tecnologia ainda em 2021.

Segundo Gabriel Chaves, headhunter de TI na The Bridge, o setor de tecnologia segue aquecido e a rápida adaptação das empresas e dos profissionais com o modelo home office foi uma virada de chave para a alta performance do setor. “O mercado está respirando a cultura ‘data driven’, onde as tomadas de decisão são fomentadas e estruturadas via dados. O tema de LGPD também é bem latente em posições de Segurança de Dados, além do boom de novas empresas de tecnologia na B3 que impulsionam projetos de grande porte e grande alocação de profissionais”, explica.

Além disso, Chaves afirma que a pandemia garantiu maior internacionalização de profissionais brasileiros com inglês fluente para trabalhar em estruturas fora do Brasil.

Salários

A The Bridge realizou uma pesquisa entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021 com mais de 500 pessoas para entender como anda o mercado de tecnologia. Segundo o levantamento, o número de vagas disponíveis na área é muito alto, enquanto a quantidade de profissionais no mercado ainda é baixa. Por isso, as empresas tentam atrair a atenção com bons benefícios e salários acima da média.

Os profissionais da área de design, UX, UI, product designer e UX Research, por exemplo, podem ter remuneração a partir de R$ 7 mil (nível pleno), chegando até R$ 15 mil para níveis mais experientes. Além disso, a pesquisa também mostra que os melhores salários partem de empresas instaladas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Confira a lista de média salarial:

  • Data Engineer R$ 14 – R$ 20 mil;
  • Mobile Developer R$ 14 mil – R$ 18 mil;
  • Devops: R$ 14 mil – R$ 18 mil;
  • Segurança (DevSecOps, Desenvolvimento Seguro, Red & Blue team): R$ 10 mil – R$ 20 mil;
  • Data Scientist: R$ 12 mil – R$ 16 mil;
  • Java Developer: R$ 12 mil – R$ 16 mil;
  • Product Designer: R$ 10 mil – R$ 13 mil;
  • Front-End DeveloperJavascript, HTML, CSS:  R$ 10 mil –  R$ 13 mil;
  • Back-End Developer: R$ 9 mil – R$ 12 mil;

Vale ressaltar que todos valores são referentes ao nível Sênior e que foram elaborados de acordo com a média realizada pela empresa.

Mas o que um profissional precisa ter para se destacar na área? Chaves dá a letra: interpessoalidade e trabalho em equipe. “Foi-se o tempo em que o desenvolvedor era um profissional calado e sem comunicação. Hoje, a pessoa precisa se comunicar com outras áreas, trabalhar ideias com diferentes stakeholders e discutir com a diretoria a viabilidade de projetos, por exemplo”.

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