Mercedes-Benz anuncia veículos ‘movidos a água’ e com revestimentos veganos.

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Marca planeja reduzir 40% da geração de lixo em cada veículo produzido até 2030 na Europa.



Conceito futurista inspirado na franquia Avatar, o Vision AVTR atraiu os holofotes na Mercedes ao levar a interação entre motorista, carro e ambiente externo a outro nível. No entanto, a montadora alemã também aproveitou a CES 2020 para anunciar metas ambiciosas de redução de poluição.

Na abertura da maior feira de tecnologia do mundo, em Las Vegas (EUA), Ola Källenius, o presidente mundial da montadora alemã, prometeu uma frota neutra em emissões de CO2 até 2039.

Neste período de três ciclos de vida de produtos, a oferta de modelos a combustão será reduzida gradualmente e vão entrar em cena mais e atualizados modelos elétricos, híbridos e a célula de hidrogênio. As fábricas também serão neutras em carbono.

A marca planeja reduzir 40% da energia, 30% da água e 40% da geração de lixo em cada veículo produzido até 2030 na Europa, seguida pelas demais unidades no mundo. Mas, no que pode ser interpretado como uma alfinetada nos ambientalistas mais fervorosos, o chefão da Mercedes deixou claro que a preocupação em preservar o ecossistema não significará o fim do automóvel. “Existe a saída fácil.

Alguns podem defender reduzir os deslocamentos. Vamos parar toda a produção de carros. Mas as pessoas valorizam a mobilidade individual. Nós acreditamos que a solução não é menos carros, mas carros melhores”, afirmou Källenius, citando o crescimento das vendas do segmento premium, acima do total do mercado.

Novas baterias: sem químicos, à base de água.

Dentro da estratégia que designou “reduzir, reutilizar e reciclar”, a Mercedes também pretende que os seus veículos sejam 95% constituídos de materiais recicláveis. Além de materiais veganos e microfibra ecológica que substitui o couro, mostrados no protótipo AVTR, a marca anunciou o desenvolvimento de baterias de íons de lítio à base de água.

As atuais baterias de íons de lítio armazenam e entregam energia a partir de reações de substâncias químicas, como as pilhas. O corpo adota metais, como cobalto e níquel. Por isso, até mesmo as mais eficientes são uma dose de poluição que acompanha até o mais verde dos carros elétricos.

Há dúvidas sobre a eficiência e a capacidade dos atuais processos de reciclagem. Evoluindo as baterias que usam grafeno, hoje presente em modelos a hidrogênio com desafios de custo e durabilidade, o que a marca chama de “bateria orgânica” ou “a próxima geração de baterias” combina eletrólitos à base de grafeno e à base de água.

“Não utilizam metais, são 100% recicláveis, têm a mesma capacidade energética das baterias de íons de lítio com eletrólitos à base de químicos e o carregamento é mais rápido. Entre cinco e dez minutos”, explicou Andreas Hintennach, gerente sênior de pesquisa de baterias.

Segundo Hintennach, a nova bateria estará no mercado em 15 anos. “Já funciona em laboratório e que temos para superar são desafios técnicos de fabricação”, completou.

Como nas baterias atuais, o custo deve ser reduzido a partir da produção em maior escala, atingindo valores equivalentes – potencialmente em menos tempo, pela ausência de cobalto.

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