Windows 95 faz 25 anos: dez recursos que permanecem no sistema até hoje.

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Menu Iniciar, multitarefas, Explorador de Arquivos são exemplos de inovações do Windows 95 que permancem em uso hoje


O Windows 95 completa 25 anos nesta segunda-feira (24) com uma série de ferramentas ainda em uso no Windows 10, versão mais atual do sistema. Alguns exemplos são o Menu Iniciar e a barra de tarefas, o multitarefas funcional e até mesmo um discador telefônico. No meio de todas essas heranças do sistema, há até espaço para coisas que a Microsoft aposentou e resgatou após um tempo, como o PowerToys, desaparecido nos tempos do XP e que agora conta com uma reedição para Windows 10. A seguir, confira recursos e ferramentas que foram criados para o Windows 95 e, de uma forma ou outra, persistem até hoje no sistema da Microsoft.

1. Menu Iniciar

O menu no canto inferior esquerdo da tela, que se tornou uma forma de interação tradicional com o Windows, é uma invenção que chegou com o Windows 95. Até então, as versões anteriores do sistema operacional da Microsoft não tinham o recurso e faziam o usuário a interagir com ferramentas e aplicativos de uma forma menos centralizada.

Apesar de ainda ser parte integral da experiência de uso do Windows 10, o Menu Iniciar quase acabou. A primeira edição do Windows 8 gerou muita polêmica ao eliminar o recurso, criando atrito com milhões de usuários acostumados a usá-lo diariamente. O fracasso da interface mais centrada em recursos touch acabou motivando a Microsoft a ressuscitar o botão na versão 8.1 do Windows.

2. Lixeira

O Windows 95 foi o primeiro sistema operacional com interface gráfica da Microsoft a adotar o conceito de um espaço em que arquivos deletados poderiam ser recuperados pelo usuário. Antes dessa versão, a recuperação de arquivos apagados dependia do uso do Windows Undelete, um tipo de restaurador de arquivos que nem sempre dava conta de recuperar os dados.

Persistente basicamente sem modificações significativas em todas as edições posteriores do Windows, a lixeira tem uma curiosidade: o conceito inicial foi criado pela Apple para o Lisa em 1982. Como a empresa registrou o uso do termo “trash” (“lixo”, em inglês), a Microsoft teve de adotar “recycle bin” (“lixeira de recicláveis”, em tradução direta) na versão em inglês de seus sistemas – ou “lixeira” no Windows em português.

3. PowerToys

O PowerToys era um conjunto de recursos para desenvolvedores, capaz de oferecer um maior controle sobre o sistema operacional para quem desejasse personalizar mais o Windows. O conjunto de recursos, criado para Windows 95, teve versões até o XP, quando foi descontinuado. Em setembro de 2019, no entanto, a Microsoft decidiu renovar a iniciativa e hoje há uma versão do PowerToys para Windows 10.

Diferente do PowerToys do Windows XP, a edição do Windows 10 não é tão aberta à personalização do sistema, embora permita algumas modificações de atalhos e outros recursos. No geral, o conjunto tem ferramentas úteis para desenvolvedores, como conta gotas para descobrir cores, ou visualização de SVGs e arquivos markdown (como XML) dentro do Explorador de Arquivos, além de um redimensionador poderoso de imagens.

4. Multitarefas

O Windows 95 introduziu uma função conhecida como multitarefas preemptiva. Em linhas gerais, é um mecanismo em que o sistema operacional racionaliza o uso de recursos do hardware e os distribui conforme a necessidade e nível de demanda dos aplicativos rodados. Ou seja, a partir do Windows 95, os sistemas da Microsoft se tornaram multitarefas aos olhos do usuário e eliminaram uma série de problemas.

O conceito persiste ainda hoje e é o que permite ao computador fazer um download pesado, enquanto roda um game e toca algo via Spotify sem travamentos. Até o 95, o Windows usava um tipo de multitarefas que não era exatamente controlado pelo sistema operacional e dependia de que os aplicativos liberassem recursos para os demais, o que podia causar travamentos.

5. Barra de Tarefas

A barra de tarefas na borda inferior da tela é outro clássico do Windows 95. O recurso apareceu para complementar o multitarefas e sanar uma deficiência do Windows 3.1: o sistema não tinha um mecanismo claro para mostrar ao usuário que aplicações estavam abertas em dado momento, algo que acabava fazendo com que muita gente abrisse várias instâncias do mesmo programa sem perceber.

A barra de tarefas cumpre essa função até hoje. Em versões mais recentes do Windows, suas funções foram expandidas: é possível fixar atalhos, barra de buscas, além de recursos para visualização rápida da área de trabalho ou da visão de tarefas do Windows 10.

6. Minimizar, maximizar e fechar

Outra característica marcante dos sistemas da Microsoft a partir do 95 são os três botões de controle de janelas. Até o Windows 3.1, minimizar, maximizar e fechar janelas era possível a partir de uma navegação um pouco mais confusa, por um menu que acompanhava cada janela do sistema.

Já no Windows 95, a Microsoft simplificou a usabilidade do sistema, oferecendo uma linguagem universal fácil de entender: a barrinha inferior equivale a enviar a janela para a barra de tarefas, o quadrado equivale a fazer a janela tomar a tela toda e o “X” fecha o programa. A prova do sucesso desse design é que os três ícones nunca foram modificados e foram copiados em todos os tipos de sistemas operacionais, inclusive, da Apple.

7. Sistema de 32 bits

O Windows 10 ainda tem versões oficiais de 32 bits, porém, é difícil encontrá-las atualmente. A arquitetura de 32 bits estreou no Windows 95 e permite que o sistema operacional acesse espaços de memória de até 4 GB. Essa quantidade parecia incrível para uma época em que computadores com disco rígido de centenas de megabytes (MBs) eram um luxo e em que o Windows 95 exigia PCs com 55 MB de espaço livre para rodar.

Talvez, o mais relevante em torno dos 32 bits é a grande capacidade do Windows em garantir compatibilidade com software antigo. O Windows 95 rodava aplicações de 16 bits das versões anteriores do sistema e hoje, no Windows 10, é possível instalar boa parte do catálogo de software da edição 95 sem grande dificuldade.

8. Explorador de Arquivos

O Gerenciador de Arquivos (File Manager) surgiu nas versões anteriores ao Windows 95, mas o Explorador de Arquivos que usamos hoje (Windows Explorer, nas versões do sistema até o Windows 7) tem origem no Windows 95. Bastante simples quando comparado ao arsenal de recursos do Explorador de Arquivos atual, a versão do Windows 95 permite visualizar discos, pastas e arquivos, além de criar pastas e arquivos, renomear, mover e excluir dados para a lixeira.

9. DirectX

O DirectX surgiu em 1995 e consiste ainda hoje em uma API fundamental em todo o Windows. A tecnologia foi criada para facilitar o acesso de recursos avançados de hardware a desenvolvedores de games. Por isso, o DirectX ajudou a universalizar práticas e tecnologias de desenvolvimento que impulsionaram a indústria de games – e não só em PCs, visto que essa é uma tecnologia central de todos os consoles Xbox.

Sem o DirectX, a tarefa de desenvolvedores em desenvolver padrões e estratégias comuns para a criação de jogos cada vez mais complexos e ambiciosos seria muito mais complexa. Atualmente, na versão 12, o DirectX continua cumprindo essa tarefa com a oferta de tecnologias de ponta na indústria, como o suporte ao ray tracing.

10. Discador (Dialer)

da Internet. Um efeito disso era a oferta de uma série de recursos e ferramentas de comunicação que tiravam proveito do hardware da época, como os modens. Um desses elementos é o dialer.exe, que aparece em todas as edições do sistema até hoje.

Ele serve para realizar ligações telefônicas pelo computador, desde que o usuário possua um modem instalado e conexão com a linha telefônica. É possível encontrá-lo, inclusive, com a interface gráfica original, buscando por “dialer.exe” – sem aspas – na busca do Windows 10.

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