Golpes telefônicos em São Paulo: polícia desativa call center fraudulento com mais de 50 presos

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Cada grupo operava com um tema específico: falsas ofertas de empréstimos, liberação de CNH, renegociação de dívidas e outros serviços falsos.


A Polícia Civil de São Paulo desarticulou uma sofisticada central de golpes telefônicos que funcionava em Guarulhos, na Região Metropolitana da capital. A operação policial, deflagrada em 31 de julho, resultou na prisão de 55 pessoas em flagrante, posteriormente convertida para prisão preventiva após as audiências de custódia.

Estrutura criminosa operava como empresa formal

A central de golpes telefônicos atuava em um prédio comercial com uma estrutura que imitava empresas legítimas. Havia divisão clara de funções, metas de desempenho, scripts de atendimento e até premiações para os que aplicavam mais fraudes. Dos presos, 48 são mulheres e 7 homens, todos suspeitos de envolvimento direto nas atividades criminosas.

A investigação começou após uma denúncia registrada por uma vítima que caiu em um dos golpes. Com base nessas informações, os agentes conseguiram monitorar o local por dois meses até obter provas suficientes para a operação. O foco da operação era desarticular uma das maiores redes de fraudes telefônicas da região.

Sete núcleos operacionais simulavam empresas reais

Durante a ação, os policiais encontraram sete núcleos diferentes dentro da central de golpes telefônicos. Cada grupo operava com um tema específico: falsas ofertas de empréstimos, liberação de CNH, renegociação de dívidas e outros serviços falsos. Os criminosos utilizavam linguagem técnica e se apresentavam de forma convincente, dificultando a percepção da fraude pelas vítimas.

Os atendentes seguiam protocolos semelhantes aos de call centers corporativos, com treinamentos e metas de desempenho. Essa estratégia ajudava a dar um ar de legitimidade ao esquema fraudulento. No local, a polícia apreendeu mais de 50 computadores, celulares e diversos documentos que serão analisados para identificar mais envolvidos e vítimas.

Golpes prejudicaram vítimas em todo o estado

As abordagens eram feitas por telefone, sempre com promessas atraentes e urgência na resposta. Isso levava as vítimas a fornecerem dados pessoais e bancários. A central de golpes telefônicos conseguia aplicar fraudes em larga escala e movimentava valores expressivos semanalmente.

Com a análise do material apreendido, a polícia pretende aprofundar as investigações para rastrear a origem dos recursos, identificar os líderes da organização e descobrir se há outras centrais semelhantes em operação no estado de São Paulo.

Autoridades reforçam importância das denúncias

A Polícia Civil reforça que denúncias são fundamentais para desmantelar esse tipo de operação. A atuação ágil após o relato da vítima foi essencial para o sucesso da investigação. As autoridades alertam a população a ficar atenta a abordagens por telefone que envolvam dados pessoais, promessas de facilidades ou cobranças suspeitas.


Perguntas frequentes

Como funcionava a central de golpes telefônicos?

A central operava com estrutura empresarial, com atendentes treinados, metas e scripts que simulavam call centers legítimos para enganar vítimas por telefone.

Quantas pessoas foram presas na operação em Guarulhos?

Foram presas 55 pessoas em flagrante, sendo 48 mulheres e 7 homens, todos atuando diretamente nas atividades fraudulentas da central.

Quais eram os principais tipos de golpes aplicados?

Os golpes envolviam falsas ofertas de empréstimos, liberação de CNH, renegociação de dívidas e serviços financeiros inexistentes.

Como denunciar um golpe telefônico em São Paulo?

A vítima deve procurar a delegacia mais próxima ou registrar a ocorrência pela Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

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