Google lança chatbot Gemini infantil com foco em segurança digital

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O chatbot do Google estará disponível para crianças menores de 13 anos cujos pais utilizam o Family Link. Crédito… Jim Wilson/The New York Times.

Essa novidade chega em um momento de intensa disputa entre empresas de tecnologia pela atenção do público infantil.


O Google acaba de anunciar o lançamento do chatbot Gemini para crianças menores de 13 anos, uma iniciativa voltada para o uso seguro da inteligência artificial por jovens usuários. Com funções pensadas para auxiliar nas tarefas escolares e na criação de histórias, o novo recurso será liberado exclusivamente para contas gerenciadas por pais através do Family Link.

Essa novidade chega em um momento de intensa disputa entre empresas de tecnologia pela atenção do público infantil. O chatbot Gemini para crianças pretende unir praticidade e entretenimento com um reforço em segurança e responsabilidade digital.

Como funcionará o acesso ao chatbot Gemini

O chatbot Gemini estará disponível para crianças cujas contas foram previamente configuradas pelos responsáveis no Family Link. Este serviço do Google permite controlar e acompanhar o uso de dispositivos e serviços como YouTube e Gmail.

Ao criar uma conta, os pais precisam fornecer informações como nome e data de nascimento da criança. Segundo o porta-voz do Google, Karl Ryan, esses dados não serão utilizados para treinar os modelos de inteligência artificial da empresa, assegurando mais privacidade para os menores.

Segurança é prioridade na nova ferramenta

Apesar das proteções aplicadas no desenvolvimento do Gemini, o próprio Google admite que ainda podem ocorrer falhas. Um e-mail enviado às famílias informa que é possível que as crianças encontrem conteúdos indesejados durante o uso do chatbot.

O Google afirma que aplicou filtros e bloqueios específicos para evitar a geração de respostas inadequadas. No entanto, o alerta reforça a importância do papel dos pais na mediação do uso da ferramenta.

Organizações fazem alerta sobre riscos da IA

Entidades como a Unicef manifestaram preocupação com o impacto da inteligência artificial em crianças. Segundo especialistas, os pequenos podem não perceber que estão interagindo com uma máquina, o que facilita a disseminação de informações erradas ou confusas.

Nesse contexto, o chatbot Gemini para crianças se torna um tema importante de debate, já que seu uso exige vigilância ativa dos responsáveis. O Google recomenda que os pais incentivem os filhos a pensar criticamente, verificar informações e evitar compartilhar dados pessoais durante o uso do serviço.

Pais podem ajustar configurações e receber notificações

Com o lançamento, as crianças poderão interagir com o Gemini de forma autônoma. No entanto, os pais receberão notificações sobre o uso e terão a possibilidade de configurar limites de tempo, acesso e filtros de conteúdo.

Essa abordagem está em conformidade com a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA), que exige transparência e controle parental no uso de serviços digitais por menores.

Um passo importante na educação digital

O lançamento do chatbot Gemini para crianças marca um avanço na inclusão das novas gerações na era da inteligência artificial. Ao mesmo tempo, reforça a necessidade de equilíbrio entre inovação e proteção.

O sucesso da ferramenta dependerá não apenas da tecnologia, mas também da participação ativa dos pais e responsáveis na orientação e supervisão do uso pelos filhos.


Perguntas frequentes

O que é o chatbot Gemini para crianças?

É uma versão do chatbot de IA do Google voltada para menores de 13 anos, com foco em educação e uso supervisionado por pais.

O Gemini pode ser usado sem supervisão dos pais?

Não. O acesso só é permitido por meio de contas criadas e gerenciadas pelos pais no sistema Family Link do Google.

É seguro deixar meu filho usar o chatbot?

O Google aplicou medidas de segurança, mas alerta que ainda pode haver exposição a conteúdos inadequados. A supervisão dos pais é essencial.

O chatbot coleta dados da criança?

O Google afirma que os dados informados para criar a conta não são usados para treinar o modelo de IA e respeitam a legislação de proteção infantil.

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