Instagram pode lançar serviço de assinaturas de conteúdo ao estilo Onlyfans

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Inspirado pelo sucesso da Twitch e do Onlyfans, o Instagram pode estar próximo de lançar um serviço de assinaturas para o seu aplicativo.


 

A ideia seria ofertar aos criadores a possibilidade de desenvolverem conteúdos exclusivos somente para quem pagar pelo acesso, o que aproximaria ainda mais as celebridades dos seus seguidores.

A Sensor Tower encontrou uma listagem de supostos planos pagos para uso da rede social na loja virtual da Apple no iOS. Os valores foram listados como “compras no aplicativo” e identificados como “Assinaturas do Instagram”, com valores que vão desde US$ 0,99 a US$ 4,99 — ainda não dá para saber quais seriam os preços ajustados ao mercado brasileiro.

O rumor surgiu após o engenheiro reverso Alessandro Paluzzi encontrar vestígios no código do app para iOS com supostos valores que poderiam ser comercializados na loja virtual. A ideia seria criar Fã Clubes para reunir admiradores e disponibilizar conteúdos exclusivos, de modo similar ao que ocorre nas comunidades do Facebook e do Twitter.

Com o passar do tempo e a execução de novos testes, o vazador de informações compartilhou várias novas capturas de tela que mostram como os desenvolvedores evoluíram o recurso para deixar tudo no patamar atual. Agora, entre os planos estaria a adição de um painel de controle de inscritos, com demonstração do valor arrecadado e a quantidade de fãs.

Na prática, isso geraria dois tipos de conteúdos no Instagram: um aberto e geral, outro fechado para pagantes. Em ambos os casos, a novidade parece afetar tanto o Feed quanto os Stories, os dois principais recursos da rede, embora nada impeça que também seja expandido para o Reels. Cada assinante teria um emblema exclusivo para mostrar seu apoio àquele perfil e poderia obter outras vantagens, a critério do criador.

Essa adição não é exatamente uma novidade, pois o próprio chefão do Instagram, Adam Mosseri, já havia mencionado sua intenção de explorar as assinaturas como forma de “facilitar uma relação financeira entre fã e criador”. O executivo sabe o quão mais proveitoso é para um usuário pagar por um conteúdo de quem ele admira do que clicar em uma propaganda sobre algo que provavelmente não comprará.

O que surpreende, de certo modo, são os custos variáveis das assinaturas, pois até então só haviam sido vazados o Instagram Badge, uma espécie de distintivo que conferia acesso a determinados recursos. Com esse novo modelo, o Instagram parece deixar um pouco de lado a proposta do Twitter Blue para adotar uma abordagem mais alinhada ao OnlyFans.

Vale lembrar que a rede já fez diversas adições voltadas para a geração de recursos financeiros diretamente na sua plataforma, como as lojas virtuais, posts em colaboração com outros perfis e o pagamento por visualizações no Reels.

Essa mudança poderia transformar o modelo de negócios de uma das maiores redes sociais do mundo para reduzir a dependência dos anúncios. Desde a mudança das políticas de privacidade da Apple, introduzidas no iOS 14.5 a partir do App Tracking Transparency (ATT), a maioria das redes sociais que dependem das propagandas tiveram um duro golpe nas receitas. O Facebook e o Instagram, ambos pertencentes à Meta e altamente vinculados ao mercado publicitário, teriam sido os mais afetados em termos de volume.

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