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Mais de 8 mil pacientes foram atendidos entre maio e outubro em seis unidades de saúde; tecnologia acelera diagnósticos e desafoga emergências
Uma dor de cabeça intensa fez Istêfany Araújo, 20 anos, procurar a UPA de São Sebastião nesta segunda-feira (3). O que ela não esperava era ser atendida de forma diferente: sem filas e com o médico aparecendo diretamente na tela do consultório.
“Foi ótimo, rápido e prático. O doutor conversou comigo pela tela, fez as perguntas e a equipe daqui me ajudou em tudo”, relata Istêfany, surpresa com a agilidade do atendimento.
O acesso rápido a um médico e a redução do tempo de espera estão cada vez mais próximos da realidade das unidades de pronto atendimento (UPAs) do Distrito Federal. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) acaba de expandir o serviço de Teleconsulta para a UPA de São Sebastião, inaugurada na última sexta-feira (31). Agora, a modalidade está disponível em seis unidades da rede.
Entre maio e outubro de 2025, o projeto coordenado pelo Núcleo de Inovação e Saúde Digital (Nusad) já contabilizou 8.872 atendimentos, mostrando o avanço de uma das iniciativas mais inovadoras da saúde pública do DF.
Tecnologia a favor do cuidado
O serviço conecta médicos a pacientes das UPAs classificados com pulseira verde, que são casos de menor gravidade. O atendimento é realizado por meio de plataforma digital, enquanto a equipe presencial acompanha cada etapa, garantindo eficiência e resolutividade.
“Cada ampliação do serviço é resultado de um planejamento cuidadoso, que considera indicadores clínicos, estrutura física e a resposta da população. Nosso objetivo é consolidar a teleconsulta como estratégia de acesso e continuidade do cuidado no SUS”, explica Rodolfo Lira, diretor de Atenção à Saúde do Instituto.
Resultados expressivos
Desde o início da implantação, a UPA do Gama lidera com 2.799 consultas, seguida por Vicente Pires (2.444), Ceilândia II (2.360), Ceilândia (685) e Samambaia (567). O índice médio de conversão para atendimento presencial é de 10,1%, dentro do padrão esperado, demonstrando alta resolutividade. Em Samambaia, o percentual chegou a 12%, indicando que a maioria dos casos é resolvida durante a própria teleconsulta.
O tempo médio de espera, entre 30 e 40 minutos, representa avanço expressivo frente à alta demanda das unidades. “Estamos modernizando o acesso, unindo inovação e tecnologia. A teleconsulta permite reduzir filas e oferecer cuidado imediato, com mais agilidade e eficiência no serviço público de saúde”, afirma o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.
*Com informações do IgesDF

























