Tecnologia e dedicação fazem de produtor de Brazlândia uma referência no cultivo de morangos

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O produtor rural Marcos Almeida controla a plantação de morango pelo celular | Fotos: Divulgação/Emater-DF

Com apoio da Emater-DF, agricultor alia inovação, práticas agroecológicas e experiência profissional


O produtor rural Marcos Almeida, conhecido como Marcão, planta morango no núcleo rural Rodeador, em Brazlândia, desde 2015. Com apoio, orientações e suporte técnico da Emater-DF, ele vem alcançando resultados expressivos, graças à tecnificação da propriedade e à obstinação em crescer. Atualmente, o agricultor cultiva 12 mil pés de morango em uma área de 5,5 hectares.

“Meu trabalho já começou tecnológico: eu plantava em túneis, o que aumenta a produtividade devido à proteção contra as chuvas”, relembra Marcão. Atualmente, ele possui um sistema automatizado de irrigação, que envia dados para o celular, permitindo ajustar a quantidade, o horário e o tempo de irrigação. “Controlo tudo pelo celular”, conta, orgulhoso.

Almeida controla a plantação de morango pelo celular | Fotos: Divulgação/Emater-DF
O sistema combina irrigação por gotejamento e aspersão. “Há um sensor no solo, na profundidade das raízes, que manda a informação para uma central que, por sua vez, envia os dados para um aplicativo. Então, eu sei qual é a lâmina de água, o tempo e o momento de aguar os canteiros”, explica.

Marcão também está sempre atento a outras técnicas de plantio, como o mulching. “O branco é útil para detectar insetos, mas estressa um pouco a planta. Já o preto é mais adequado. Estou pensando em usar o cinza, como forma de equilibrar”, destaca.

O engenheiro-agrônomo Antonio Dantas, responsável pelo Programa de Olericultura da Emater-DF, destaca que o sistema adotado permite decisões mais precisas, diminui custos de água e luz e ainda previne doenças. “Isso possibilita a redução de despesas, não só com água mas também com energia elétrica, além de evitar doenças nas plantas, pois impede que os adubos sejam levados para baixo das raízes”, explica o extensionista.

Evolução profissional

Além da tecnologia aplicada, Marcão adota práticas agroecológicas
Técnico agropecuário formado pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) em Planaltina, Marcão já foi professor de Práticas Agrícolas e Extrativistas na rede pública de ensino e atuou também como vendedor e representante de vendas em empresas de produtos agropecuários. Sua trajetória sempre foi marcada pelo desejo de evoluir. “Sempre que eu começava numa empresa, perguntava como fazia para crescer. Quando comecei a plantar, já planejava produzir em escala”, lembra.

Além da tecnologia aplicada, Marcão adota práticas agroecológicas. “Uso técnicas orgânicas, como adubação verde e insumos biológicos. Às vezes, fico até 40 dias sem usar nenhum defensivo químico. O resultado do equilíbrio entre uma irrigação correta e bem planejada aliada à metodologia orgânica são os morangos grandes e doces que colho na chácara”, orgulha-se.

Liderança cooperativa

Marcão também é presidente da Cooperativa Agropecuária da Região de Brazlândia (Coopebraz), que reúne 42 cooperados, em sua maioria agricultores familiares. Os produtos da cooperativa, como banana, abóbora, cenoura e morangos, são destinados a programas de segurança alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Na sexta-feira (29), ele participou do Encontro Técnico preparatório para a 29ª Festa do Morango de Brasília, promovido pela Emater-DF em parceria com a Embrapa. “Falamos sobre a importância da escolha das mudas, que influi diretamente na qualidade da colheita”, explicou.

*Com informações da Emater-DF

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