TikTok Shop estreia no Brasil e transforma vídeos em vitrine de vendas

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Para o especialista Bruno Riether, a novidade acelera a transformação digital do varejo e pressiona o mercado a adaptar conteúdo como canal direto de comércio


Na última semana, os usuários brasileiros do TikTok passaram a contar com uma nova funcionalidade na plataforma: a TikTok Shop. A ferramenta de e-commerce, que estreou no país na quinta-feira, 8 de maio, permite a compra de produtos sem sair do aplicativo, transformando o consumo de conteúdo em uma experiência integrada de entretenimento e compra.

Segundo a empresa, os produtos poderão ser adquiridos de quatro formas: no feed de vídeos orgânicos, durante transmissões ao vivo, por meio de vitrines nos perfis das marcas e, em breve, por uma aba específica da Shop dentro do app. Essa última opção, ainda em fase de implementação, será personalizada com base nos hábitos de consumo de cada usuário.

Para o especialista em marketing digital Bruno Riether, a novidade representa uma virada no comércio online. “A chegada do TikTok Shop no Brasil acelera ainda mais o processo de transformação digital, principalmente do varejo”, afirma. Ele lembra que a plataforma já prende a atenção de mais de 113 milhões de brasileiros por quase duas horas por dia, e agora, além de entreter, vai vender.

As compras feitas dentro do TikTok serão sinalizadas com um ícone de bolsa laranja nos conteúdos. Na primeira vez, o consumidor deverá informar o endereço de entrega. Nas demais, o processo será direto para pagamento, com opções como cartão de crédito, débito, Pix e boleto.

Bruno Riether destaca que essa integração entre conteúdo e compra pressiona o mercado digital a se adaptar. Ele observa que “quem não entender que conteúdo virou canal de venda, vai ficar pra trás”.

O TikTok Shop também vai beneficiar influenciadores e criadores de conteúdo, que poderão receber comissões pelas vendas realizadas a partir de seus vídeos ou lives. “Quem entende como criar conteúdo de valor, que prende atenção e gera desejo, tem tudo pra crescer”, diz o especialista, apontando que a plataforma oferece hoje um ambiente de baixa concorrência, alto engajamento e incentivos para quem começar agora.

Segundo a ByteDance, empresa responsável pelo TikTok, o Brasil foi escolhido por sua relevância estratégica. O país é o 12º a receber a ferramenta, que começou em 2021 no sudeste asiático e no Reino Unido, chegando aos Estados Unidos em 2023 e, neste ano, também ao México e à Espanha.

O especialista avalia que a entrada do TikTok no comércio digital pode forçar outras redes sociais a reforçarem suas estratégias. “O TikTok chegou com força, virou manchete, gerou curiosidade e está educando o público pra comprar sem sair do app”, afirma. Para ele, o movimento coloca holofotes sobre o e-commerce social e deve estimular a concorrência.

A proposta da empresa é incentivar o chamado discovery commerce, no qual o usuário descobre produtos enquanto consome conteúdo de seu interesse. Isso, segundo Riether, torna a jornada de compra mais fluida e segura: “O usuário vê o produto, confia em quem está recomendando e compra ali mesmo, sem sair do app”, diz. Ele ainda observa que essa experiência reduz as chances de golpes, por não haver redirecionamento para sites externos.

Além do impacto direto no consumo, o especialista acredita que a novidade pode impulsionar a economia nacional. “Pequenos negócios ganham visibilidade, criadores viram vendedores e o consumidor tem mais opções”, comenta. Se o TikTok mantiver incentivos e taxas acessíveis, ele acredita que o comércio digital brasileiro ganhará um novo fôlego.

Para Bruno Riether, o TikTok Shop deixa evidente uma mudança já em curso no comportamento do consumidor. “As pessoas ainda acham que estão nas redes só por diversão. Mas ali se vende tempo, atenção, audiência e produto”, afirma. “Não é mais sobre comprar no shopping, é sobre ser impactado no feed e comprar com um clique.”

Com essa estratégia, o TikTok combina entretenimento, influência e conversão em um só ambiente, e transforma cada visualização em potencial de negócio.

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