Brasil tem 126,9 milhões de pessoas conectadas; celular é meio de acesso para 97%

0

Estudo aponta que porcentagem de pessoas conectadas no Brasil subiu de 67% no levantamento anterior para 70%, que representa 126,9 milhões de pessoas. O computador ficou para trás, enquanto celular foi meio de acesso para 97%.


O aumento do número de brasileiros conectados se deve principalmente às pessoas nas classes D/E: 30% delas haviam usado a internet nos três meses anteriores ao estudo de 2015, bem menos que os 48% da pesquisa de 2018. O acesso também se tornou mais popular na classe C: passou de 63% em 2015 para 76% em 2018.

Smartphone é o novo rei

A inclusão de novos usuários foi impulsionada pelo smartphone. Na classe A, 84% usam tanto o celular quanto o computador para acessar a internet e apenas 12% têm o celular como meio de acesso exclusivo. Já nas classes D/E, o resultado é o inverso: 85% acessam a internet unicamente pelo celular e 13% o fazem por meio dos dois dispositivos.

Isso tem contribuído para tirar o protagonismo do PC. Em 2014, 80% dos usuários acessavam a internet pelo computador, contra 76% do celular e 10% de Smart TVs. Enquanto isso, o estudo de 2018 mostra que quase todos os brasileiros (97%) se conectam pelo celular. O acesso pelo computador caiu para apenas 43%, enquanto as Smart TVs se popularizaram, sendo utilizadas por 30% da amostra.

As conexões estão melhorando

A qualidade da internet fixa também melhorou ao longo dos anos. Em 2015, apenas 5% dos usuários tinham banda larga acima de 20 Mb/s, taxa que dobrou para 10% em 2018. As conexões mais lentas, com velocidades de até 2 Mb/s, caíram de 22% para 13% no mesmo período.

A melhoria do acesso à internet está ligada ao crescimento dos provedores regionais, algo que já abordamos há um bom tempo aqui: em cidades menores e regiões periféricas, as gigantes da internet fixa não conseguem oferecer um bom nível de qualidade, abrindo espaço para que empresas menores explorem o serviço, muitas vezes com fibra óptica e preços menores.

Esse crescimento fica claro ao analisar o tipo de conexão: em 2015, 26% utilizavam banda larga do tipo DSL, que aproveita a infraestrutura de telefonia fixa para fornecer internet, como é o caso de serviços antigos oferecidos por Vivo e Oi. O DSL caiu para apenas 10% de participação em 2018. Já a internet por cabo ou fibra óptica pulou de 24% para 39% em três anos.

Internet para quê?

Pela primeira vez, a pesquisa perguntou que tipos de serviços os brasileiros pediram por meio da internet. O destaque fica para os aplicativos de transporte: 32% dos usuários já solicitaram um motorista na Uber, 99 ou outro serviço.

Outros serviços tiveram participações menores: 28% pagam por plataformas de streaming como Netflix e Globoplay; 8% assinam serviços de música como Spotify ou Deezer; 12% fazem pedidos de refeições pelo iFood, Uber Eats e outros; 5% reservam quartos ou acomodações pela internet no Booking, Airbnb e outros; e 5% contratam cursos pagos pela internet.

O TIC Domicílios 2018, que pesquisou 23 mil domicílios em todo o território nacional entre outubro de 2018 e março de 2019, pode ser acessado nesta página.

 

Notícia anteriorÁreas rurais têm cobertura 4G duas vezes pior que as grandes cidades
Próxima notíciaCliente da Apple terão ainda mais opções de assistências técnicas para reparos