GDF recruta empresas em busca de emprego para pessoas com deficiência

0

Oferta já chegou a mil vagas; agora, ações estão focadas na qualificação para ingresso e permanência no mercado


O Governo do Distrito Federal tem buscado fazer o dever de casa e abrir o mercado para pessoas com deficiência (PcDs). Num trabalho conjunto entre as secretarias do Trabalho (Setrab) e da Pessoa com Deficiência (SEPD), a oferta de vagas é diária, além do acompanhamento junto aos empregadores e o planejamento de abertura de treinamentos para esse público.

Na passagem do Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, na última terça-feira (21), a estação do Metrô da 112 Sul reuniu um grupo de 12 empresas para recrutar esses profissionais. Durante esse mutirão, coordenado pela SEPD, foram entregues currículos, feitas entrevistas e oferecidas, em um único dia, aproximadamente 150 vagas de emprego para esse público especial.

A pasta do Trabalho disponibiliza diariamente postos para PcD no seu site e por meio das agências do trabalhador. Na sede da secretaria, na 511 Norte, há um espaço exclusivo para atendimento a pessoas com algum tipo de deficiência. De acordo com levantamentos da secretaria, 721 candidatos foram contratados no DF no ano passado.

Secretaria da Pessoa com Deficiência investe em parcerias com o Instituto Federal de Brasília (IFB) e o Ministério Público do Trabalho para selecionar candidatos a cursos profissionalizantes

“Fazemos o encaminhamento das pessoas, e este ano já foram cerca de mil”, conta o secretário do Trabalho, Thales Ferreira. Os gestores seguem atuando para aumentar o número de oportunidades, empenho respaldado na Lei nº 8.213/91 – conhecida como lei de cotas –, de acordo com a qual cada órgão com 100 funcionários ou mais deve ter de 2% a 5% dos cargos preenchidos por PCDs.

Mas a batalha é grande. “As empresas apresentam certo bloqueio em empregar as PcDs porque não as consideram produtivas, ou consideram que o nível funcional não atende”, avalia o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos. A legislação, aponta, nem sempre é cumprida pelos patrões.

Capacitação profissional

Uma dificuldade é a falta de capacitação dos trabalhadores. “A falta de qualificação é um fator muito negativo para a inserção dos PCDs, seja profissional, seja educacional”, reconhece Santos. Ele informa que a secretaria estabeleceu parcerias com o Instituto Federal de Brasília (IFB) e o Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de selecionar candidatos para cursos profissionalizantes como digitação, secretariado e administração.

Thales Ferreira, por sua vez, lembra que sua pasta também prepara muitas oportunidades para treinamento até o final do ano. “Vamos lançar um edital com 32 tipos de curso de preparação profissional, e teremos um percentual de 5% das vagas para atender pessoas com deficiência”, anuncia. O total de oportunidades ainda não foi definido

Estudos

Divulgada nesta semana pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), a pesquisa Empregabilidade e Pessoa com Deficiência traz um panorama sobre o tema. O estudo demonstra que portadores de deficiência possuem 33% menos chances de emprego.

“Foram abordadas pessoas com deficiência, empresas que cumprem a cota e outras que não o fazem”, relata o presidente da Codeplan, Jean Lima. “São elementos importantes para auxiliar os gestores públicos, a sociedade, empregadores a entender essa realidade”. Os números atuais, avalia, demonstram necessidade de ajustes para melhorar.

Notícia anteriorConselho diretor da Anatel aprova edital de licitação do 5G
Próxima notíciaWhatsApp pretende disponibilizar cashback em pagamentos digitais