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Se você teve a sorte de trabalhar para uma empresa inicial e uma grande empresa, você saberia que existem grandes diferenças entre as duas.
Visitando uma startup, você não pode deixar de notar a magia no ar e a paixão de todos os olhos brilhantes, a propriedade, o pensamento criativo, o senso de urgência e a velocidade de execução.
Equipes menores têm tudo isso em abundância, mas à medida que as empresas se transformam em corporações, elas (as equipes) ficam mais lentas, e as pessoas ficam confortavelmente adormecidas.
Como você mantém a paixão de todos quando sua empresa está ganhando bilhões? Como você pode ter certeza de que seu time será aquele que descobrirá o próximo MP3 da sua indústria?
Para que isso aconteça, precisa haver uma maneira de manter as pessoas concentradas em fazer coisas importantes, mantendo uma atmosfera inicial.
Isso é difícil quando você é pequeno e impossível quando você é muito grande, então um novo tipo de organização deve ser construído. Um que empresta do melhor dos dois mundos – maturidade e escala das corporações; agilidade e paixão bruta das startups. É o próximo passo evolutivo na história das organizações, e tem a ver com Inteligência Artificial.
Uma mudança está chegando
Relembre como sua vida se parecia há 25 anos. Não havia iPhone, nenhuma loja de aplicativos, sem Facebook, sem Amazon, sem Twitter, nada de Big Data, sem Google, sem nuvem e certamente sem Inteligência Artificial.
Voltando ainda mais, digamos 90 anos atrás – quando as grandes corporações dos EUA, como companhias de seguros e bancos, foram fundadas. Naquela época, os executivos tinham uma fórmula simples: ganhar dinheiro, contratar mais pessoas, ganhar ainda mais dinheiro, contratar ainda mais pessoas.
Mas, os tempos estão mudando e, as coisas caem em desuso, as organizações que não se afastarão dessa maneira de pensar centenária terão dificuldade em competir com a nova geração de negócios construídos com tecnologia, e não na conta pessoal.
Carros, caminhões e navios autônomos e armazéns robóticos tornar-se-ão parte integrante da nossa vida mais cedo do que a maioria de nós percebemos.
Mas a tecnologia autônoma chega muito além da eliminação das máquinas operacionais.
Possuir o poder de desbloquear modelos de negócios totalmente novos: quando não há motoristas, não há necessidade de proprietários de carros, estacionamentos, postos de gasolina ou garagens. Simplesmente mudar a forma como dirigimos os carros afetará a forma como desenhamos as nossas futuras ruas, rodovias e cidades.
No entanto, há uma área ainda amplamente ignorada pela inovação Inteligência Artificial: a própria organização.
Se você gastar a melhor parte do seu dia em um escritório, pense em todas as tarefas repetitivas que você faz diariamente: coleta dados, atualiza seus colegas e gerente, cria relatórios, preenche formulários, coordena eventos, rastrea o progresso, encomenda material, assina documentos, envia ordens de compra, etc.
A maioria dessas tarefas pode ser automatizada por bots.
O surgimento da organização autônoma
As futuras organizações autônomas irão confiar na Inteligência Artificial para executar tarefas rotineiras e complexas melhor e mais baratas do que os humanos.
Assim como o impacto dos carros sem motorista em nossas cidades futuras, o aumento das organizações autônomas poderia mudar fundamentalmente a maneira como olhamos as estruturas organizacionais, a governança e a hierarquia.
Executivos e equipes que não podem se adaptar a esta nova realidade rapidamente se tornarão obsoletos. Enquanto os gerentes tradicionais contratarão mais trabalhadores para resolver problemas de escala, os pensadores avançados contratarão inovadores de produtos, super engernheiros e cientistas de dados de Inteligência Artificial para ajudar a criar ferramentas inteligentes e autônomas.
