A Apple foi multada no dia 10 de janeiro pela Prefeitura de Florianópolis (SC) em R$ 8 milhões por vender o iPhone sem adaptador de carregador.
Ao longo de 2022, a empresa foi notificada pelo Procon, que agora é parte da Secretaria Municipal de Governo, para prestar esclarecimentos, enviar o número de aparelhos vendidos desde novembro de 2020 e incluir o adaptador de carregador com os aparelhos. A medida se estendia para vendas online e lojas parceiras, residentes em Florianópolis.
A Apple não atendeu ao pedido de inclusão do adaptador e alegou que não é possível especificar o número de aparelhos vendidos no município. A empresa também se justificou citando a inexistência de prejuízo para o consumidor, de venda casada ou prática abusiva e ainda alegou que a prática de não incluir o adaptador do carregador na venda do celular beneficia o meio ambiente e é uma política internacional da marca.
Desde 2020, a Apple decidiu remover os carregadores das embalagens do smartphones, alegando a preservação ambiental como principal motivo, além de justificar que a especificação do carregador é a mesma para os modelos de iPhone e que a maioria dos usuários já possuem o acessório.
“Atualmente, as maiores empresas do setor de telefones celulares no Brasil comercializam fracionando seus produtos, obrigando os consumidores a adquirir, de forma separada, um item indispensável ao regular funcionamento do mesmo diante do uso e costume dos consumidores, sob o pretexto da sustentabilidade, sem demonstrar provas de tal redução de lixo eletrônico. A estimativa de incremento de receita da empresa pela “economia” em não disponibilizar é de mais de US$ 6 bilhões, de forma global”, ressaltou Alexandre Farias Luz, diretor do Procon de Florianópolis, em nota divulgada.