As 4 Principais Ciberameaças das app de Rastreio de Contágios de Covid-19

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A luta contra o Covid-19 continua, sobretudo para evitar contágios e uma nova propagação do vírus.


Para isso, são muitas as entidades e governos de todo o mundo que estão desenvolvendo aplicações móveis para poderem rastrear as pessoas que deram positivo nos testes de deteção do vírus.

Os investigadores da Check Point® Software Technologies Ltd. advertem para os riscos da instalação deste tipo de serviços e salientam os 4 principais ciber-riscos para a privacidade dos utilizadores que podem suceder com o uso destas aplicações:

  1. Pode-se rastrear os dispositivos: algumas destas aplicações de rastreio requerem o uso de Bluetooth de baixa energia (BLE) para que funcionem, permitindo aos dispositivos emitir sinais que facilitam a identificação do contacto com outros dispositivos. Se não se implementarem corretamente, um cibercriminoso pode rastrear o dispositivo de uma pessoa correlacionando o dispositivo e os seus respetivos pacotes de sinais de identificação.
  2. A segurança dos dados pessoais pode ficar comprometida: obviamente, as aplicações armazenam registos de contato, chaves cifradas e outros dados sensíveis nos dispositivos. Esta informação deve ser cifrada e armazenada na sandbox de segurança da aplicação e não em áreas partilhadas. No entanto, mesmo dentro de uma área segura como a sandbox, se um cibercriminoso obtiver permissão de acesso físico ao dispositivo pode pôr em risco a privacidade dos dados, sobretudo se armazenar informação tão sensível como a localização GPS, que pode disponibilizar dados como viagens efetuadas pelo utilizador ou locais em que tenha estado nos dias ou semanas anteriores.
  3. Interceptar o tráfego de uma aplicação: os utilizadores podem ser suscetíveis a sofrer ataques “man-in-the-middle”, que permite a um cibercriminoso intercetar todo o tráfego de dados entre o dispositivo e o servidor da aplicação se estas comunicações não estiverem corretamente cifradas.
  4. Receber grandes quantidades de informação falsa através de relatórios de saúde: os investigadores da Check Point advertem que é importante que as aplicações de contacto realizem uma autenticação quando a informação seja enviada para os seus servidores, como por exemplo quando um utilizador envia o seu diagnóstico e registo de contatos. Sema devida autorização, poderá ser possível inundar os servidores com relatórios de saúde falsos, o que colocaria em causa a fiabilidade de todo o sistema.

“A sociedade ainda não sabe o quão fiáveis e seguras são as aplicações de rastreio de contatos. No entanto, após uma revisão inicial, este tipo de serviços deixou-nos algumas sérias preocupações. As aplicações de rastreio de contatos devem manter um delicado equilíbrio entre a privacidade e a segurança, já que uma deficiente aplicação das normas de segurança pode pôr em perigo os dados dos utilizadores. Portanto, ao instalar ou utilizar este tipo de serviços, é fundamental que dados recolhem, como são armazenados e, em última instância, como são distribuídos”, afirma Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Portugal.

Pontos a ter em conta para garantir a segurança dos dados ao usar estas aplicações

Este tipo de serviços guardam uma grande quantidade de dados, por isso para preservar o máximo do anonimato a Check Point recomenda não vincular nenhum identificador pessoal (número de telefone, dados pessoais, etc …) a estas aplicações. No entanto também é aconselhado:

  1. Só efetuar downloads de aplicações de lojas oficiais: instalar as aplicações de rastreio de contactos para o controlo de COVID-19 somente através das lojas oficiais de aplicações, já que só permitem que entidades governamentais autorizadas publiquem este tipo de ferramentas.
  2. Utilizar soluções de segurança móvel: Descarregar e instalar uma solução de segurança móvel para analisar as aplicações e proteger o dispositivo contra o malware, bem como para verificar que o dispositivo não tenha sido infetado.

A Check Point conta com ferramentas de segurança como o ZoneAlarm Web Secure Free (oferece aos utilizadores uma proteção 100% gratuita contra os ataques de phishing, downloads maliciosos e sites perigosos) o SandBlast Mobile (uma solucção contra ameaças móveis avançadas com infraestrutura On-device Network Protection que revê e controla todo o tráfego de rede dos dispositivos para evitar o roubo de informação através de aplicações, correio electrónico, SMS, iMessage e aplicações de mensagens instantâneas).

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