Bitcoin: A bola da vez

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Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo voltou para US$ 11 mil, sua máxima em três semanas, com investidores buscando ativos para proteção.


Em meio ao pânico dos mercados globais por conta do acirramento da guerra entre Estados Unidos e China, o bitcoin dispara mais de 9% e supera a marca dos US$11 mil dólares com investidores olhando para a criptomoeda como um “porto seguro”.

As 12h10 (horário de Brasília) o bitcoin operava com ganhos de 8,75%, aos US$11.749, enquanto no Brasil a moeda digital era cotada R$46.334, com valorização de 8,88%.

Este é o maior valor do criptoativo – que agora corresponde a cerca de 70% do mercado – em três semanas.

Não é de hoje que analistas apontam que a maior criptomoeda do mundo pode ser considerada um ativo de proteção contra essas tensões globais.

Nas últimas semanas, especialistas ja indicavam que se ocorresse uma piora desse cenário entre EUA e China, poderia haver uma alta no preço do bitcoin.

“O bitcoin tem muitos casos de uso, e um dos mais importantes é como uma forma de ouro digital”, disse Charles Hayter, CEO da plataforma de comparação CryptoCompare, à CNBC. “Nós vimos o bitcoin saltar antes em meio a incerteza macro à medida que se torna um ativo de fuga para a segurança”, explica.

Sari Félix, especialista em criptoativos e apresentador do programa Bloco Cripto na
IMTV, destaca que nestas situações, um dos principais ativos buscados pelos investidores
é o ouro. Nesta segunda, o metal precioso dispara 1,45%, cotado a US$ 1.478, sua máxima em seis anos.

“A medida que a noção de o Bitcoin também pode servir como uma espécie de macro
hedge [proteção] contra a instabilidade do sistema nanceiro global, um uxo crescente
de capital tende a buscar diversicação nos ativos digitais”, explica Félix. “Cada vez mais
ouro e Bitcoin tendem a competir pela exposição destinada a ativos de proteção”,
completa.

Nesta madrugada, a China contra-atacou a decisão do presidente norte-americano,
Donald Trump, de impor tarifas sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.

A segunda maior economia do mundo enfraqueceu o yuan, que ultrapassou 7 por dólar, no
nível mais fraco em uma década, além de pedir a estatais para suspender as importações
de produtos agrícolas dos EUA.

Com isso, os índices americanos Dow Jones e S&P500 caem cerca de 2%, enquanto o
Nasdaq, que engloba as ações de tecnologia, afunda 2,6%. Por aqui, o Ibovespa cai 2,1%,
voltando para a casa dos 100 mil pontos, enquanto o dólar dispara 1,30%, para R$ 3,94.

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