Delta Tankers, dona de navio suspeito de vazamento de óleo, diz que não foi procurada pelas autoridades brasileiras

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Polícia Federal disse que o navio Bouboulina é o responsável pelo despejo de óleo ao longo da costa brasileira


 A Delta Tankers LTD afirmou em nota nesta sexta-feira que a companhia grega não foi procurada pelas autoridades que investigam o vazamento de óleo em praias do nordeste brasileiro.

A Polícia Federal disse nesta sexta que o Bouboulina, navio de bandeira grega que transportava óleo venezuelano, é o responsável pelo despejo de óleo ao longo da costa brasileira, detectado há dois meses.

“Nem a Delta nem o navio foram procurados pelas autoridades brasileiras para tratar sobre a investigação”, afirmou a companhia no comunicado.

A informação da Polícia Federal (PF consta da decisão do juiz federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal (RN).

A partir de informações fornecidas pela Marinha, foi constatado que a Delta Tankers tinha um agente marítimo no Brasil, a Lachmann Agência Marítima, e que o navio grego Bouboulina tinha um “indivíduo qualificado” no Rio, a Witt O’Brien’s. Esta última empresa  atua no ramo de ricos  e orienta empresas marítimas sobre planos de contingência e procedimentos a serem adotados em desastres, conforme a PF.

O que dizem as empresas brasileiras

Em nota, a Lachmann diz não ser alvo da investigação da Polícia Federal e que foi somente solicitada a colaborar com as investigações das autoridades.

“Fundada em 1927, a Lachmann Agência Marítima atende vários navios de diversos armadores que escalam os portos brasileiros, fornecendo serviços relacionados à entrada e saída nos portos. Esses serviços correspondem ao atendimento das normas relacionadas aos órgãos anuentes, como Anvisa, Capitania dos Portos, Polícia Federal, Receita Federal, Docas e outros, e coordenação da contratação de serviços portuários relacionados, como praticagem, rebocadores, lanchas de amarração e outros. A agência marítima é uma prestadora de serviços para as empresas de navegação, não tendo nenhum vínculo ou ingerência sobre a operacionalidade, navegabilidade e propriedade das embarcações”, continua o comunicado.

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