O futuro é agora: profissões já estão desaparecendo, profissões já estão surgindo

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Algumas profissões já desapareceram, outras devem deixar de existir em breve e empresas precisam estar preparadas para o futuro.


Depois de mudar completamente a maneira como as pessoas se comunicam, compram e vendem, a revolução digital está transformando também o mundo do trabalho e estar preparado faz toda a diferença.

É preciso olhar para as profissões, funções e ocupações que estão por trás dessa evolução. Algumas já desapareceram e outras devem deixar de existir em breve, dando lugar àquelas em que a habilidade humana (ainda) é superior à capacidade de um robô.

Quando se fala em robô, a primeira ideia que vem à cabeça é a de uma fábrica, certo? De acordo com o diretor-regional do Senai MS, Rodolpho Caesar Mangialardo, a quarta revolução industrial tem tido um impacto profundo e exponencial nos processos produtivos, em ganhos de eficiência e redução de custos industriais.

“As empresas devem estar preparadas para atender as necessidades do mercado por produtos mais inteligentes e customizados, demandando a introdução de tecnologias nos processos industriais que possibilitem o monitoramento em tempo real, linhas de produção flexíveis e integradas com outras plantas industriais em nível global”, afirma.

A tecnologia vai tomar conta da indústria e, justamente por isso, demandará novas habilidades, o que fará surgir pelo menos 30 novas ocupações nos próximos 10 anos, entre elas:

  • Engenheiro de cibersegurança
  • Técnico em informação e automação
  • Mecânico de veículos híbridos
  • Projetista para tecnologias 3D
  • Técnico em informática veicular
  • Técnico em impressão de alimentos
  • Engenheiro em fibras têxteis
  • Designer de tecidos avançados
  • Técnico especialista em reciclagem de produtos poliméricos
  • Especialista para recuperação avançada de petróleo

Cenário econômico

Influenciado pela transformação digital, outro fator também tem impactado e transformado o mercado de trabalho formal no Brasil. Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que o desempenho da economia entre 2007 e 2017 é responsável por impactos significativos no mercado de trabalho. Somente entre 2015 e 2016, a recessão destruiu mais de 2,8 milhões de postos formais de trabalho.

Das profissões que estão no caminho para desaparecer até 2030, podemos citar a de assistente jurídico, que será substituído por soluções de inteligência artificial, simulações e contratação dos seguros de forma automatizada substituirão corretores de seguro e analistas de risco, contadores e auditores serão dispensados por conta da digitalização dos processos e aumento no uso de criptomoedas e blockchain. Até mesmo profissões como a de piloto de avião e anestesista serão impactadas.

Fazendo o recorte para Mato Grosso do Sul, um estudo do IPF/MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS) mostra que 181 profissões desapareceram da lista da Relação Anual de Informações Sociais entre 2007 e 2017, mesmo período em que surgiram outras 562 novas profissões, sendo 45 delas no setor agropecuário, 99 na indústria e 418 do comércio de bens e serviços.

Comportamento do cliente

Para a economista do IPF/MS, Daniela Dias, um fator que ajuda as profissões a sobreviverem no mercado é levar em conta o comportamento do cliente, o que ele espera receber e de que maneira é impactado pelas informações. “Estamos falando de uma nova geração do comércio de bens e serviços, que utiliza estratégias de atendimento e que oferece boas experiências. Nesse contexto, questões sociais e ambientais agregam valor e empresas dos ramos de vestuário, alimentação e turismo, onde o relacionamento e a indicação de amigos contam muito, têm grande potencial de desenvolvimento”, afirma Daniela.

Empreendedorismo

O estudo feito pela CNC ainda aponta outra característica marcante do período de crescimento econômico: as maiores oportunidades de empreendedorismo. Nos últimos dez anos, o número de empregadores no País passou de 3,43 milhões para 4,40 milhões de pessoas (alta de 27%).

Sobre esse assunto, Daniela afirma que o ponto-chave do diferencial competitivo será a consciência de um mundo voltado à disrupção, tendo a tecnologia como aliada e não como problema. “Podemos pensar que há uma perspectiva negativa do ponto de vista que haverá uma seleção de profissionais e de empresas, que ficarão fora do mercado se não se adequarem. Por outro lado, passar por uma transformação como essa abre muitas possibilidades para os profissionais e as empresas se reinventarem e evoluírem”, defende.

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