É o ano de 2097. Aí está você aproveitando a 84ª temporada de House of Cards em seu implante neural habilitado para Wi-Fi quando sua outra pessoa entra na sala.
Claro, ela não é humana, mas ela se parece com isso, e ela tem aquele olhar que diz que ela quer ficar um pouco maluca. Você flutua até o quarto em sua prancha e está começando a se despir quando – BOOM – ela o estrangula até a morte com suas mãos frias de robô. Seu robô sexual foi hackeado e agora você está morto. Bem vindo ao futuro.
Tem havido muita conversa recentemente sobre os perigos da IA, com pessoas como Elon Musk soando o alarme e sugerindo a possibilidade muito real de estarmos prestes a engendrar nossa própria morte. O guru da cibersegurança, Dr. Nick Patterson, da Deakin University, na Austrália, entrou na conversa, alertando que não são apenas sistemas militares ou infraestrutura artificialmente inteligentes que podem representar uma ameaça, mas também robôs sexuais.
Em conversa com o Daily Star , Patterson observa que o potencial de hackers para atingir robôs projetados para intimidade pode colocar os usuários em risco.
“Os hackers podem invadir um robô ou dispositivo robótico e ter controle total das conexões, braços, pernas e outras ferramentas anexadas como, em alguns casos, facas ou dispositivos de soldagem”, diz Patterson. “Freqüentemente, esses robôs podem pesar mais de 200 libras e são muito fortes. Depois que um robô é hackeado, o hacker tem controle total e pode emitir instruções para o robô. A última coisa que você deseja é que um hacker tenha controle sobre um desses robôs. Uma vez hackeados, eles podem absolutamente ser usados para realizar ações físicas para um cenário vantajoso ou para causar danos. ”
No momento, a tecnologia por trás dos ciborgues sexuais é bastante primitiva, mas não há como dizer o que o futuro pode trazer. Se chegarmos a um ponto onde esses robôs são capazes de movimentos reais – e seus “cérebros” podem ser ajustados por meio de atualizações de software – certamente não está fora do reino da possibilidade que “morte por robô sexual” acabe na lápide de alguma alma infeliz.
