Jornalistas que trabalham investigando fake news no Facebook pressionaram para encerrar uma controvertida parceria de mídia com a rede social, dizendo que a empresa ignorou suas preocupações e não usou seus conhecimentos para combater a desinformação.
Os atuais e antigos analistas do Facebook disseram ao The Guardian que a colaboração da plataforma de tecnologia com os repórteres externos produziu resultados mínimos e que eles perderam a confiança no Facebook, que se recusou repetidamente a divulgar dados significativos sobre os impactos de seu trabalho.
Alguns disseram que a contratação de uma empresa de relações públicas que usava uma narrativa antissemita para desacreditar os críticos – alimentando o mesmo tipo de propaganda que os checadores de fatos regularmente desmascaram – deveria ser um fator decisivo.
O Facebook agora tem mais de 40 parceiros de mídia em todo o mundo, incluindo a Associated Press, PolitiFact e a Weekly Standard, e disse que as falsas notícias na plataforma estão “tendendo para baixo”. Enquanto alguns líderes da redação disseram que o relacionamento era positivo, outros parceiros disseram que os resultados não eram claros e que eles se ressentiam cada vez mais com o Facebook.
O Facebook disse que a verificação de fatos por terceiros é uma parte de sua estratégia para combater a desinformação e afirmou que uma classificação “falsa” leva um artigo a ser classificado em menor número no feed de notícias, reduzindo em 80% as visualizações futuras em média.
A empresa se recusou, no entanto, a divulgar publicamente quaisquer dados para apoiar essas alegações.O Facebook afirmou em comunicado que “ouviu o feedback de seus parceiros de que gostaria de mais dados sobre o impacto de seus esforços”, acrescentando que começou a enviar “relatórios trimestrais” com “estatísticas personalizadas” para parceiros e seria ” à procura de mais estatísticas para compartilhar externamente no início de 2019. ” O Facebook se recusou a compartilhar os relatórios com o Guardian.
