Tecnologia da Informação: mercado de trabalho carece de profissionais da área

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Estudo da Associação da Empresas de Tecnologia da informação e Comunicação prever que em cinco anos, o Brasil precise de 800 mil profissionais.


Mercado de Tecnologia da Informação carece de profissionais qualificados para a área. Estudo da Associação da Empresas de Tecnologia da informação e Comunicação prever que em cinco anos, o Brasil precise de 800 mil profissionais.

Já faz algum tempo que o setor de tecnologia da informação (TI) enfrenta déficit de profissionais. Com isso, as perdas acumuladas entre 2010 e 2020 já alcançam os R$ 167 bilhões. Os dados são da Softex, uma organização social voltada ao fomento da área de TI que integra o Projeto TechDev Paraná.

Atualmente, o Brasil é o 10º maior mercado do mundo no setor. Na América Latina é o líder e responde por 40% do total, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Então, o país precisa enfrentar a falta de mão de obra qualificada para não perder a oportunidade de ser referência na área.

Uma das iniciativas nesse sentido é o TechDev Paraná, lançado em 2020, que busca promover o ecossistema de tecnologia e inovação. “Para isso, conecta empresas, universidades, instituições de ciência e tecnologia, e o setor público”, aponta Lucas Ribeiro, diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR).

Nesse contexto, o Projeto criou duas pesquisas para identificar gargalos e demandas em recursos humanos do setor. Uma delas vai mapear as vagas existentes e onde a carência de trabalhadores da área é recorrente. As empresas participantes respondem a um formulário sobre formas de recrutamento e manutenção de pessoal, e outros aspectos da gestão de pessoas. A outra quer investigar as competências de hard e soft skills requeridas.

Para Ribeiro, o diagnóstico vai permitir que empreendedores e gestores públicos estabeleçam ações mais efetivas em prol do desenvolvimento do segmento. Ele destaca o protagonismo do Paraná nesse cenário e avalia que a participação das empresas nas pesquisas é fundamental.

Ribeiro aponta que o Paraná é o segundo Estado brasileiro em faturamento em TI. “No último período, registrou crescimento de 25,4%. É, ainda, o segundo em número de novos profissionais formados”, diz. Os setores que se destacam na geração de empregos de TI são agricultura e pecuária, alimentos e smart grid (gestão automatizada do setor elétrico).

Treinamento corporativo

Uma das medidas tomadas pelas empresas para enfrentar a falta de profissionais especializados é a oferta de formação a colaboradores que as companhias já têm. Entre as áreas mais presentes nessas iniciativas estão a computação em nuvem, a análise de dados, a robótica e a inteligência artificial.

Como o Brasil forma anualmente cerca de 45 mil especialistas em tecnologia e há 70 mil novas vagas por ano, segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), cursos e treinamentos internos se tornaram a estratégia mais adotada pelas organizações. Algumas têm universidades corporativas que permitem realocação mais ágil.

Profissionais de diferentes setores, como administração, comunicação, sustentabilidade, Recursos Humanos e outros, podem ser aproveitados em outras funções. Esse investimento reflete a expectativa de que o déficit de profissionais vai crescer ainda mais nos próximos anos. Os números já mostram a tendência: nos três primeiros meses de 2021, foram contratados 41 mil profissionais de TI no país. Em todo o ano de 2020, foram 47 mil.

 

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